121/2019 LUTANDO COM MINHA FAMÍLIA

Preciso criar uma categoria pra filmes como Lutando Pela Família.

Lá fora eles chamam de “feel good”.

É o tipo de filme que quando você termina você percebe que tá bem pra cima, feliz, inspirado.

Lutando Com Minha Família é inspirado na história real de Paige, a superstrela lutadora de luta livre gringa.

Ela vem de uma família de lutadores do interior da Inglaterra, onde a luta livre acaba sendo uma forma de sair da miséria, do crime. Algo como o esporte deveria fazer por aqui, mas geralmente o que tira o povo do crime é o tráfico. Quer dizer, né.

Bom, lá no meio do nada, seu pai, saindo da cadeia, conheceu sua mãe e juntos se tornaram uma dupla sensação da luta. Desde então a vida de crime ficou de lado, mas não paro o filho mais velho do casal, qu está preso.

Paige e seu irmão Zack são a dupla sensação do lugar e seu sonho é entrar para o WWE, a confederação americana de luta livre.

Em um evento na Inglaterra abrem-se testes e Paige é escolhida.

O que seria a realização de seu sonho termina sendo quase um pesadelo, já que nada do que ela esperava é como funciona na vida real: os treinos são duros, as pessoas não são amigáveis, todo mundo quer se dar bem e Paige, garota do interior, sente falta da família, de carinho.

A história de Paige não é de superação, é mais de descoberta. De entender que sua família de sangue é uma mas que o WWE também é uma família, mas não como ela esperava.

Ou como ninguém espera.

A história é boa e o filme é ótimo.

Começa que foi escrito e dirigido por Stephen Merchant, um dos melhores comediantes ingleses. E é co produzido por The Rock, que aparece em momentos cruciais da carreira de Paige.

Lutando Com Minha Família é cheio de clichês, quase previsível, mas a forma como é contado é o grande diferencial: o roteiro é inspirado. Apesar dos pesares, nada é óbvio e o bom humor do filme é contagiante.

A família de Paige por si só daria uma série de tv: seu pai gordão figura, a mãe lindona e fodona (Lena Headey, a Cersei de Game Of Thrones), o irmão talhado para ser campeão do WWE que ensina crianças e deficientes e por aí vão.

Paige é vivida lindamente por uma de minhas atrizes preferidas de hoje em dia, Florence Pugh. E quando digo lindamente é porque nenhuma cena de Paige/Pugh é menos que ótima.

Pensar que Pugh veio do fodaço Lady Macbeth para esse filme levinho e se bobear, está até melhor aqui que lá, é de me deixar muito feliz.

para esse filme levinho e se bobear, está até melhor aqui que lá, é de me deixar muito feliz.

Pra terminar: Lutando Com Minha Família pode até parecer cafona como a luta livre, seu tema principal. Mas se você relaxar, vai perceber que o filme é acima de tudo sobre amor e dedicação, nada além do que estamos precisando hoje em dia.

P.S.: criei uma hashtag, vou chamar esses filmes de “good vaibêra”, as good vibes que precisamos.

NOTA: 🎬🎬🎬🎬