282/2019 FRATURA

Parabéns Netflix, vocês conseguiram lançar mais um porcaria enorme.

E o pior, um thriller que poderia ser bom, tenso, complicado mas que todos os furos de roteiro fazem o filme ir por água abaixo.

E o pior ainda, a gente vai vendo esses furos durante o filme e vendo como a água vai entrando pelos buracos, o diretor vai se virando para tentar fechar os furos com os dedos mas nem sendo Brad Anderson, o cara que fez O Maquinista conseguiu salvar o barco de afundar.

O filme começa com pai, mãe e filha no carro em uma estrada, no feriado de Ação de Graças, tretando feio. Quer dizer, o casal tretando e a filha pequena no banco de trás só observando.

Eles param em um posto pra menina ir ao banheiro e a desgraça acontece: ela cai em um buraco de uma construção, o pai vai atrás e cai junto, batem as cabeças, sangue, braço quebrado, desespero da mãe, pegam a criança e levam pro hospital mais próximo.

Lá o cara bem transtornado tenta de toda maneira que sua filha seja atendida logo porque está com dores, a mãe então tretando, agora percebe o quanto o marido está se esforçando para cuidar da família.

Exames feitos, mais exames a serem realizados, mãe e filha entram em um elevador e não voltam nunca mais.

E aí começa a merda do filme.

Eu odeio esse tipo de filme, onde do nada crianças desaparecem e os pais ficam desesperados sem saber o que aconteceu. Neste caso, a filha e a mãe desaparecem. O pai pira.

Briga com todo mundo, procura, revira, vai atrás de médicos, enfermeiros, recepcionistas e ninguém sabe das duas.

Nisso tudo o roteiro vai deixando brechas e buraquinhos aqui e acolá, todos perceptíveis. E o que poderia ser um filme tenso vai virando uma história chata, cheia de personagens inconsistentes, uns exagerados e outros sem credibilidade nenhuma.

Tudo isso para tentar nos enganar com aquela premissa chata: será que elas sumiram mesmo ou será que ele é doido e tudo não passa de um sonho.

O pior dos problemas acontece lá atrás, lá no começo do filme quando a menina e o pai caem no buraco e um close nele, percebido vários momentos depois, dá a letra do roteiro. Ou da porcaria que é o roteiro.

Eu juro que queria ter o emprego da pessoa que aprova os roteiros a serem produzidos ou distribuídos pela Netflix, porque é o emprego mais fácil e mais mal aproveitado da indústria cinematográfica.

Mais fácil até do que ser secretário de audio visual do governo do Biroliro que só precisa negar tudo e aprovar filme e mostra de crente e milico.

P.S.: o filme é tão porcaria que é estrelado pelo Sam Worthington e eu até esqueci de falar dele.

NOTA: 🎬1/2

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