Finalmente consegui assistir Personal Shopper, o filmaço do meu diretor francês preferido Olivier Assayas.
Tá bom, de um dos meus diretores franceses preferidos, junto com o Bruno Dummont, o François Ozon, o…….
Imagino o Assayas chegando na produtora dele depois do sucesso retumbante do puta filme (sim, eu amo mesmo) Nuvens de Sils Maria e falando: quero fazer uma filme de fantasmas.
Com a Kristen Stewart.
Bem fashion.
Vou filmar em Paris, Milão, Londres e em Omã.
E pimba.
Acertou na mosca de novo.
Assayas vem recolhendo louros e mais louros ultimamente.
Com Personal Shopper ele foi premiado em Cannes do ano passado como melhor diretor, dividindo o prêmio com o romeno Cristian Mungiu do meu outro preferido Bacaleaureat.
Com Nuvens, Kristen Stewart ganhou o Cesar, “o Oscar francês” de melhor atriz coadjuvante falando inglês. Foi um escândalo quase tão grande quanto o da Isabelle Adjani vencendo com Rainha Margot e lendo os Versos Satânicos ao vivo, quando o Rushdie estava fugindo dos muçulmanos.
Aliás, Nuvens foi o filme que tirou de vez a cara de vampira da Kristen e Assayas, esperto, já engatou outro e ela tá melhor ainda, sem aqueles trejeitos chatinhos e adolescentes, inclusive com cenas nuas pra acabar com tudo de vez.
Kristen faz a personal shopper do título, uma americana em Paris que faz compras de roupas e joias pra uma ricaça importante, jet setter, que viaja pra cima e pra baixo em festas e cuida de uma fundação que ajuda gorilas e por isso (tadinha) não tem tempo de ir às lojas experimentar e escolher roupas.
No meio disso tudo, ela tenta se comunicar com seu irmão gêmeo morto. Eles combinaram que quem morresse primeiro mandaria mensagem do outro mundo pra quem ficasse. E ela e seu irmão são médiuns, enxergam fantasmas, sentem presenças e outras coisas, o que ajudaria a receber a mensagem.
Um dia, indo de Paris de trem para Londres buscar as últimas criações de um designer fodão, ela recebe umas textos no celular de alguém que sabe exatamente o que está acontecendo com ela e quando ela pergunta quem é, pergunta também se é alguém vivo ou morto.
Esse “fantasma do celular” vai literalmente assombrar a vida da jovem.
Parece tudo confuso mas é um pouco mesmo.
Uma história surreal dentro de uma rotina besta de uma americana em Paris.
Nada bizarro pra um puta diretor que faz Cinema com C maiúsculo.
Viva mestre Assayas.